segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Animais e o Espiritismo

Ultimamente tem-se visto muitas manifestações em defesa dos direitos dos animais, e talvez alguns podem estar se perguntando, se o Espiritismo tem alguma "inclinação natural" para essa causa.   
Muitas religiões ensinam que os animais não têm alma. Entretanto não é concebível, para os espíritas, que Deus, que é todo bondade e justiça, desprezasse os animais, criando-os unicamente para servirem de alimento, distração e auxílio no trabalho.
Para o Espiritismo, os animais são irmãos em evolução, tal como os humanos. Os animais não são ainda Espíritos; não possuem uma inteligência, livre-arbítrio e consciência de si próprios que se nos comparem. Possuem, contudo, o princípio espiritual, como que um esboço do Espírito que serão futuramente. Os animais, portanto, também sobrevivem à morte física, reencarnam e evoluem.
E MERECEM POR ISSO TODO NOSSO RESPEITO!
Leia mais a respeito...

Os animais e a espiritualidade



“Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais e, neste dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade”.                         Leonardo da Vinci






Em O Livro dos Espíritos, encontramos a seguinte questão que Kardec coloca aos espíritos: - O que é a alma (entenda-se humana) nos intervalos das encarnações?
R - "Espírito errante, que aspira a um novo destino e o espera".

Nas questões que se seguem, lemos também a expressão "estado errante".
Um dos significados da palavra errante, no dicionário é "nômade, sem domicílio fixo", e de errar, é "vaguear" (errando ao acaso... ). Por sua vez, erraticidade, o mesmo que erratibilidade, quer dizer: "caráter do que é errático. (Espir.) Estado dos espíritos durante os intervalos de suas encarnações".
Bem, chegando aos animais, surge a natural curiosidade de se saber como o seu espírito se comporta na erraticidade, se é que para eles existe erraticidade.

No Livro dos Espíritos lemos "- A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, fica num estado errante, como a do homem após a morte?
R - "Fica numa espécie de erraticidade, pois não está unida a um corpo. Mas não é um espírito errante. O espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. É a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do espírito. O espírito do animal é classificado após a morte, pelos espíritos incumbidos disso, e utilizado quase imediatamente: não dispõe de tempo para se por em relação com outras criaturas".

Algumas pessoas entendem, a partir desse texto, que os animais, assim que desencarnam, são prontamente reconduzidos à reencarnação.
A expressão "utilizado quase imediatamente" não necessariamente deve ter esse significado. O espírito do animal pode ser prontamente "utilizado "para uma infinidade de situações, dentre elas, inclusive, o reencarne, e então, em todas elas, "não dispõe de tempo para se por em relação com outras criaturas".
Entendendo que os animais, sendo conduzidos por espíritos humanos, não dispõem de tempo livre, digamos assim, para se relacionarem com outras criaturas, ou fazer o que quiserem, a seu bel-prazer mas, sim da maneira como decidiram seus orientadores. Aliás, é o que sugere o texto em foco "O Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade".

Em O Livro dos Médiuns, Kardec trata da possibilidade da evocação de animais e pergunta aos espíritos: "- Pode-se evocar o Espírito de um animal?".
R: "- O princípio inteligente, que animava um animal, fica em estado latente após a sua morte. Os espíritos encarregados deste trabalho, imediatamente o utilizam para animar outros seres, através das quais continuará o processo de sua elaboração. Assim, no mundo dos espíritos, não há espíritos errantes de animais, mas somente espíritos humanos..." Herculano Pires, tradutor da obra, faz a seguinte chamada em rodapé: Espíritos errantes são os que aguardavam nova encarnação terrena (humana) mesmo que já estejam bastante elevados. São errantes porque estão na erraticidade, não se tendo fixado ainda em plano superior. Os espíritos de animais, mesmo dos animais superiores, não tem essa condição. Ler na Revista Espírita n° 7 de julho/ 1860, as comunicações do espírito Charlet e a crítica de Kardec a respeito.

Apesar da colocação dos espíritos ter sido taxativa, de que não há espíritos errantes de animais, os fatos falam ao contrário. Se assim fosse, isto é, se não existissem animais (desencarnados) no plano espiritual, como explicaríamos tantos relatos? Como explicaríamos a existência dos chamados "espíritos da natureza?". 

Ernesto Bozzano, em Os animais têm alma? refere, dentre os 130 casos de fenômenos supranormais com animais, dezenas de episódios com aparição de bichos em lugares assombrados, com materialização e visão com identificação de fantasmas de animais mortos.

Novamente, em O Livro dos Espíritos, lemos "Nos mundos superiores, a reencarnação é quase imediata". Se é assim a reencarnação dos espíritos mais evoluídos, seria até de se esperar que os espíritos de animais, sendo mais primitivos, demorassem mais tempo para voltar à matéria. Entretanto, nada é conhecido de conclusivo sobre esta questão.

Falando da vida após morte dos animais...




Falando da Vida Após a Morte dos Animais
 
NAS ASAS DO GRANDE ESPÍRITO, SENHOR DE TODAS AS VIDAS



Enquanto eu meditava, preparando-me espiritualmente para realizar uma aula para o grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB, entrou no quarto um cachorro desencarnado, brincando, latindo e batendo o rabo alegremente.
Percebia o animal pelas vias da clarividência, de olhos fechados, diretamente na tela mental frontal interna (correspondente à área de ação do chacra frontal*). O cão era um vira-lata normal, adulto, de pelo castanho-claro (mais claro do que castanho), muito alegre e ativo. Ele olhava para alguém à frente, que eu não via, com o qual ele brincava e corria em torno. Contudo, mesmo sem ver a entidade extrafísica no ambiente, eu sentia sua presença tranqüila e amistosa.
Admirado com a alegria do animal, morto na Terra, mas vivo em espírito, cheio de animação, pensei:
- "Alguém deve estar chorando a perda desse animal. Do jeitinho alegre que ele é, deve estar fazendo muita falta para os seus donos e entes-queridos."
Então, o espírito em frente se comunicou telepaticamente comigo e me disse o seguinte:
- "O nome dele é Terry. E ele está muito bem tratado aqui!"
Nesse instante, o meu chacra frontal pulsou, cheio de luz branquinha fluorescente e eu o vi também. Era um homem alto, de cabelos pretos muito grandes, à moda indígena da América do Norte. Estava vestido de calça lisa marrom-claro, com uma camisa esporte, tipo pólo (por dentro da calça). O cinto era preto. Seus olhos eram bem pretos, brilhantes, e a pele bem moreno-avermelhada. No conjunto, ele mais parecia um mestiço de branco com índio americano, moderno no jeito, mas com uma certa atmosfera ancestral xamânica. Ele me olhou e riu e na seqüência pegou o cão no colo. O animal se mexia feliz junto dele, tentando lambê-lo todo tempo. Em torno dele havia uma aura amarelo-suave, que irradiava uma atmosfera de segurança e tranqüilidade à sua volta.Enquanto acariciava o animal em seu colo, ele me olhou firmemente e com simpatia e me disse:
- "Já que você fala das coisas do espírito para os homens encarnados na Terra, então diga-lhes que até mesmo os animais têm assistência espiritual após o desenlace da matéria. Eles são cuidados e afagados com muito carinho. Há grupos de auxiliares astrais que cuidam especificamente deles em seus períodos extrafísicos. São espíritos dedicados ao bem-estar desses nossos irmãos menores na Natureza. E mais: peça aqueles que gostam dos animais, que orem na sintonia desses benfeitores invisíveis; para que eles se associem sutilmente com eles, em espírito, na mesma bondade e amor por esses serezinhos tão queridos. Nenhuma criatura é abandonada pelo Grande Espírito. O Seu Amor é para todos! A Sua Luz anima todas as luzes e seres. Para Ele, todos são iguais na Natureza. Homens e animais, vegetais e minerais, todos são Seus filhos. Que aqueles que sofrem com a perda temporária de seu bichinho amado, seja ele qual for, rezem ao Grande Espírito, para confortar seus corações. Mas, que saibam, também, que há outros seres que amam os seus bichinhos, que seguirão cuidando deles nesse imenso universo do Grande Espírito, cheio de vida, em todos os planos. O meu recado é só esse. Que Manitu** abençoe a sua jornada!"
P.S.: Agora, vou levar esses escritos e compartilhá-los com os meus companheiros de estudo e prática espiritual. Que a jornada deles também seja abençoada por Manitu, Senhor dos homens, dos animais e de tudo o mais que existe, seja lá onde ou como for. 
Paz e Luz. 
Wagner Borges - São Paulo, 12 de julho de 2006; às 19h50min.

Notas:
* Chacra Frontal: centro energético situado no campo energético da testa e responsável pelos fenômenos de clarividência e percepção espiritual. Está ligado à glândula hipófise (pituitária).
** Manitu: designação que os índios algonquinos, da América do Norte, dão a uma força mágica não personificada, mas inerente a todas as coisas, pessoas, fenômenos naturais e atividades; O Todo; O Supremo; O grande Espírito; Deus.

Passe Energético

Quando aplicamos um passe energético em um ser humano, não estamos aplicando somente nos 100 trilhões de células humanas existentes, mas também nos 10 vezes 100 trilhões de células bacterianas, fúngicas e de outros seres vivos que vivem em nosso organismo. O equilíbrio é fantástico! A harmonia energética é incrível... Somente quem recebeu um passe energético sabe como é... 
A aplicação do passe é uma doação de amor. O amor é neutro. O amor não tem polaridade. É uma energia que equilibra e harmoniza.
Saiba mais a respeito do passe energético...

Como funciona o passe Energético

 
PASSE ENERGÉTICO
UMA DOAÇÃO DE AMOR...









Nos processos de cura, como deveremos compreender o passe?
Emmanuel - Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas,com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.

Como deve ser recebidos e dados os passes?
Emmanuel - O passe poderá obedecer à fórmula que forneça maior porcentagem de confiança, não só a quem o dá, como a quem o recebe. Devemos esclarecer, todavia, que o passe é a transmissão de uma força psíquica e espiritual, dispensando qualquer contato físico na sua aplicação.

A chamada “benzedura”, conhecida nos meios populares, será uma modalidade do passe?
Emmanuel - As chamadas “benzeduras”, tão comuns no ambiente popular, sempre que empregadas na caridade, são expressões humildes do passe regenerador, vulgarizado nas instituições espirituais de socorro e de assistência.
Jesus nos deu a primeira lição nesse sentido, impondo as mãos divinas sobre os enfermos e sofredores, no que foi seguido pelos apóstolos do Cristianismo primitivo.
“Toda boa dádiva e dom perfeito vêm do Alto” – dizia o apóstolo, na profundeza de suas explanações.
A prática do bem pode assumir as fórmulas mais diversas. Sua essência, porém, é sempre a mesma diante do Senhor.
  
No tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um doente, terá o mesmo efeito em outro enfermo?
Emmanuel - A água pode ser fluidificada, de modo geral, em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo.

Existem condições especiais para que os Espíritos amigos possam fluidificar a água pura, como sejam as presenças de médiuns curadores, reuniões de vários elementos etc etc?
Emmanuel - A caridade não pode atender a situações especializadas. A presença de médiuns curadores, bem como as reuniões especiais, de modo algum podem constituir o preço do benefício aos doentes, porquanto os recursos dos guias espirituais, nessa esfera de ação, podem independer do concurso medianímico, considerando o problema dos méritos individuais.

O fato de um guia espiritual receitar para determinado enfermo, é sinal infalível de que o doente terá de curar-se?
Emmanuel - O guia espiritual é também um irmão e um amigo, que nunca ferirá as vossas mais queridas esperanças.
Aconselhando o uso de uma substância medicamentosa, alvitrando essa ou aquela providência, ele cooperará para as melhoras de um enfermo e, se possível, para o pleno restabelecimento de sua saúde física, mas não poderá modificar a lei das provações ou os desígnios supremos dos planos superiores, na hipótese da desencarnação, porque, dentro da Lei, somente Deus, seu Criador, pode dispensar.

Retirado do livro "O Consolador" - Pelo Espírito Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier - Ed. FEB.

Água Fluidificada


"E qualquer que tiver dado só que seja um copo d‘água fria por ser meu discípulo, em verdade vos digo que, de modo algum, perderá o seu galardão".  Jesus (Mateus 10:42)







Quando Jesus se referiu ao copo de água fria, em seu nome, não se reportava apenas a compaixão rotineira que sacia a sede comum.
Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais profundos.
A água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra. E como que a base pura em que a medicação do céu pode ser impressa através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos olhos mortais.
A prece intercessora e o pensamento de bondade representam irradiações de nossas melhores energias. A criatura que ora ou medita, exterioriza poderes, emanações e fluidos que, por enquanto, escapam à analise da inteligência vulgar, e a linfa potável recebe-nos a influenciação, de modo claro, condensando linhas de força magnética e princípios elétricos que aliviam e sustentam, ajudam e curam.
A fonte que procede do coração da Terra e a rogativa que flui do imo d’alma, quando se unem na difusão do bem, operam milagres.
O espírito que se eleva na direção do Céu é antena viva captando potenciais de natureza superior, podendo distribuí-las a beneficio de todos os que lhe seguem a marcha.
Ninguém existe órfão de semelhante amparo.
Para auxiliar a outrem e a si mesmo bastam a boa vontade e a confiança positiva.
Reconheçamos, pois, que o Mestre, quando se referiu à água simples, doada em nome de sua memória, reportava-se ao valor da providência a beneficio da carne e do espírito, sempre que estacione através de zonas enfermiças.
Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, solução de tuas necessidades fisio-psíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia.
O orvalho do Plano divino magnetizará o liquido, com raios de bênçãos, e estará então consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus.

Emmanuel

(Página recebida pelo Médium Francisco Cândido Xavier, em sessão pública na noite de 5/6/1950, em Pedro Leopoldo; contida no livro "Segue-me", Casa Editora "O Clarim")