quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
"MAGNETISMO HUMANO E ESPIRITUAL"
O magnetismo produzido pelo fluido do homem é o
magnetismo humano; aquele que provém do fluido dos Espíritos é o magnetismo
espiritual.
O fluido magnético tem, pois, duas fontes muito distintas: os Espíritos encarnados e os Espíritos desencarnados. Essa diferença de origem produz uma diferença muito grande na qualidade do fluido e em seus efeitos.
O fluido humano é sempre mais ou menos impregnado das impurezas físicas e morais do encarnado; o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas que levam a uma cura mais rápida. Mas, passando por intermédio do encarnado, pode-se alterar como uma água límpida passando por um vaso impuro, como todo remédio se altera se permanece em um vaso impróprio, e perde em parte suas propriedades benfazejas. Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar em sua depuração, quer dizer, em sua melhoria moral, segundo este princípio vulgar: limpai o vaso antes de vos servir dele, se quereis ter alguma coisa de bom. Só isto basta para mostrar que o primeiro que chega não poderia ser médium curador, na verdadeira acepção da palavra.
O fluido espiritual é tanto mais depurado e benfazejo quanto o Espírito que o fornece é, ele mesmo, mais puro e mais desligado da matéria. Concebe-se que o dos Espíritos inferiores deve se aproximar do homem e pode ter propriedades malfazejas, se o Espírito for impuro e animado de más intenções.
Pela mesma razão, as qualidades do fluido humano apresenta nuanças infinitas segundo as qualidades físicas e morais do indivíduo; é evidente que o fluido saindo de um corpo malsão pode inocular princípios mórbidos no magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, quer dizer, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar seu semelhante, unido à saúde do corpo, dão ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos se aproximar das qualidades do fluido espiritual.
Seria, pois, um erro considerar o magnetizador como uma simples máquina na transmissão fluídica. Nisto como em todas as coisas, o produto está em razão do instrumento e do agente produtor. Por estes motivos, haveria imprudência em se submeter à ação magnética do primeiro desconhecido; abstração feita dos conhecimentos práticos indispensáveis, o fluido do magnetizador é como o leite de uma nutriz: salutar ou insalubre.
O fluido humano sendo menos ativo, exige uma magnetização prolongada e um verdadeiro tratamento, às vezes, muito longo; o magnetizador, dispensando seu próprio fluido, se esgota e se fatiga, porque é de seu próprio elemento vital que ele dá; é porque deve, de tempos em tempos recuperar suas forças. O fluido espiritual, mais poderoso em razão de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e, frequentemente, quase instantâneos. Esse fluido não sendo o do magnetizador, disto resulta que a fadiga é quase nula.
Fonte: Revista Espírita – Allan Kardec
Ano 8 - Setembro de 1865 - Nº. 9
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Mensagem Maria Modesto Cravo - Psicografia de Robson Pinheiro
Meus irmãos, companheiros de Espiritismo, Deus abençoe nossos corações e nossas tarefas.
O
movimento espírita é a representação do esforço do Plano Maior para a
unificação do nosso povo ante os ideais inspirados pelo Alto. No
entanto, percebemos que, nesse esforço de unificar o pensamento em torno
de Allan Kardec, muitos irmãos nossos traduzem união por fusão de
idéias.
É preciso compreender que Allan Kardec não deixou regras para se fazerem Espiritismo, reuniões mediúnicas ou se realizarem passes. O mestre Hippolyte Léon, dentro de suas observações lúcidas, estabeleceu as bases, os pilares irremovíveis: Deus, imortalidade da alma, reencarnação, mediunidade.
Na prática, houve orientações, com um respeito pela diversidade de cada povo, pela forma de cada centro, sem que as pessoas tenham de se fundir diante de uma cartilha.
É preciso compreender que Allan Kardec não deixou regras para se fazerem Espiritismo, reuniões mediúnicas ou se realizarem passes. O mestre Hippolyte Léon, dentro de suas observações lúcidas, estabeleceu as bases, os pilares irremovíveis: Deus, imortalidade da alma, reencarnação, mediunidade.
Na prática, houve orientações, com um respeito pela diversidade de cada povo, pela forma de cada centro, sem que as pessoas tenham de se fundir diante de uma cartilha.
O Espiritismo é liberdade, responsabilidade e trabalho incessante, com a compreensão das diferenças.
A
união deve ser a base da unificação, sem nenhuma pretensão de
superioridade para com aqueles que escolhem um caminho diferente dos
nossos. Espiritismo é inclusão, sem nenhuma atitude excludente por parte
dos que se julgam no caminho unificado.
É
preciso, antes de tudo, cativar as pessoas, tornar-nos e torná-las
amigos, a fim de, mais tarde, ganharmos um irmão ou um parceiro nos
ideais.
Não há movimentos oficiais ou movimentos paralelos. O que existe é o grande movimento de fraternidade do qual todos fazem parte, conservando cada um a sua liberdade de interpretação e atitudes e a pluralidade que tem como base a fidelidade ao pensamento de Allan Kardec.
Não há movimentos oficiais ou movimentos paralelos. O que existe é o grande movimento de fraternidade do qual todos fazem parte, conservando cada um a sua liberdade de interpretação e atitudes e a pluralidade que tem como base a fidelidade ao pensamento de Allan Kardec.
Em momento algum Kardec estabeleceu o conceito de pureza doutrinária. Ele falou e escreveu a respeito da fidelidade doutrinária.
O estabelecimento de uma pretensa “pureza” já determina a exclusão daqueles que pensam e interpretam a verdade de forma diferente. A exclusão já está implícita nesse conceito, já que são os homens que determinam o que é “puro” ou não.
O estabelecimento de uma pretensa “pureza” já determina a exclusão daqueles que pensam e interpretam a verdade de forma diferente. A exclusão já está implícita nesse conceito, já que são os homens que determinam o que é “puro” ou não.
É
preciso compreender: nós, os seguidores do pensamento espírita, devemos
primar pela união do pensamento em torno da doutrina, e não em torno da
interpretação doutrinária. União não é fusão.
Podemos ser e estar unidos sem que estabeleçamos regras de conduta para o outro seguir. Também não precisamos excluir aqueles que não pensam como nós. O projeto do Alto é conseguir a unificação, e não a padronização.
Podemos ser e estar unidos sem que estabeleçamos regras de conduta para o outro seguir. Também não precisamos excluir aqueles que não pensam como nós. O projeto do Alto é conseguir a unificação, e não a padronização.
Unir sem perder as características.
Unir conservando o direito de pensar diferente.
Unir sem perder a individualidade.
Unir, respeitando a pluralidade.
Unir sem nos transformarmos em máquinas humanas.
Unir conservando o direito de pensar diferente.
Unir sem perder a individualidade.
Unir, respeitando a pluralidade.
Unir sem nos transformarmos em máquinas humanas.
A união pressupõe respeito ao outro, sem que ele, o indivíduo ou o centro, seja marginalizado.
O
pensamento de oficializar o conceito de “pureza” é o mesmo que no
passado gerou o regime de Hitler, as fogueiras da Inquisição ou as
diversas perseguições ao longo da história. Essa forma de pensar foi a
responsável pelo estabelecimento do Index Proibitorium — ou a relação de
livros “proibidos” pela Igreja porque o seu conteúdo não respeitava as
“normas” preestabelecidas por aqueles que se consideravam puros.
O
trabalho de unificar é algo que transcende a forma; a interpretação é
aprofundada até as entranhas da alma do centro espírita e do indivíduo.
Unificar é algo mais interior do que interpretativo, sem as proibições e sem os preconceitos tão característicos dos movimentos humanos.
Unificar é algo mais interior do que interpretativo, sem as proibições e sem os preconceitos tão característicos dos movimentos humanos.
É
preciso urgentemente compreender a forma de o Codificador pensar, a fim
de que não extrapolemos em nossas observações e exigências. Observamos
que Allan Kardec muitas vezes discordava de seus opositores no campo das
idéias, respeitando e amando profundamente a pessoa.
Por
outro lado, vemos com lamento que em nosso movimento, quando alguém
expõe algum pensamento diferente, inovador ou que vá de encontro com o
que dizemos ser a verdade, a pessoa é excluída e o combate se faz, não
às idéias, mas ao indivíduo, que passa a sofrer a perseguição como se
ele fosse um inimigo público da pretensa “pureza doutrinária”,
simplesmente porque resolveu pensar por si próprio, de forma diferente.
Precisamos rever urgentemente a nossa forma de agir e de comportar em relação àqueles que não comungam com os mesmos ideais.
Aprendamos
com Jesus, com Allan Kardec, a respeitar as diferenças, a pluralidade
de pensamento e o direito de se pensar e agir por si mesmo, fora das
regras estabelecidas pela ignorância e prepotência humana.
Maria Modesto Cravo,
Psicografia de Robson Pinheiro
Psicografia de Robson Pinheiro
NO DIA DE ALLAN KARDEC – 3 DE OUTUBRO –, CHICO XAVIER É ELEITO O BRASILEIRO MAIS IMPORTANTE DE TODOS OS TEMPOS
Por: Carlos A. Baccelli
Na noite do dia do nascimento de Allan Kardec, 3 de outubro, Chico Xavier, em referendo promovido pelo SBT – Sistema Brasileiro de Televisão –, com 71,4% dos votos, é eleito o “brasileiro mais importante de todos os tempos”!
Parece, sem dúvida, que o Mundo Espiritual, fora do âmbito do Movimento Espírita, preparou esta mensagem para todos os brasileiros, mas, principalmente, para os adeptos do Espiritismo.
Veja quem tenha olhos de ver e ouça quem tenha ouvidos de ouvir!
Concorrendo com dois finalistas, dos considerados 100 maiores brasileiros da história, Chico, através de escrutínio popular, venceu a Princesa Isabel, que assinou a “Lei Áurea”, e a Santos Dumont, denominado o “pai da aviação”. Nas semanas anteriores, em confronto direto, ele já havia superado a Irmã Dulce, grande missionária da Bahia, e a Ayrton Senna, um dos maiores desportistas do Brasil e do mundo.
Sabemos que tal homenagem pouco interessa a Chico, mas, afinal, não é disto que se trata. Chico Xavier, pela sua vida extraordinária, deixou de ser ele mesmo, para ser um dos maiores símbolos da Fé de todos os tempos – e a verdade é que a Humanidade nunca esteve tão carente de Fé quanto agora!
A vitória de Chico, tampouco, representa a vitória do Espiritismo. Não, longe disto. A sua vitória foi a vitória da crença na Imortalidade, da Bondade, da Honestidade, e, sobretudo, do amor a Jesus Cristo – foi a vitória do Evangelho!...
Tem razão um confrade espanhol de Palma de Maiorca, na Espanha, Pedro Vaquer, quando, no V ENCONTRO NACIONAL DOS AMIGOS DE CHICO XAVIER E SUA OBRA, realizado em Votuporanga, Estado de São Paulo, considerou, em sua fala brilhante, que Francisco Cândido Xavier bem poderia se chamar “Caridade”!
Notemos que, desde a sua desencarnação, ocorrida em 2002, o Mundo Espiritual vem trabalhando em torno do que o nome de Chico passou a representar neste país, fadado a ser “Coração do Mundo” e “Pátria do Evangelho”. Isto é profundamente sintomático, e tomara que todos nós, adeptos da Terceira Revelação, compreendamos este recado do Alto, que deixou de ser implícito para ser o mais explícito possível.
As Obras Mediúnicas da lavra de Chico Xavier devem ser incorporadas à Codificação, porque, sem elas, o Espiritismo, de fato, não possui a mesma amplitude doutrinária, que, a partir delas, adquiriu.
Mas, sobretudo, que não nos esqueçamos do que pode a vivência do Evangelho, qual Chico o demonstrou ao longo de toda a sua laboriosa existência de 92 janeiros, estabelecendo profundos laços espirituais com toda uma Nação, que hoje o reverencia como a maior luz que nela já resplandeceu.
Uberaba – MG, 4 de outubro de 2012.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
LIVRO PSICOGRAFADO DE DOM HELDER CÂMARA, É RECONHECIDO PELA IGREJA CATÓLICA.
Recentemente
foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as
reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao
Espírito Dom Helder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e
Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1999, em Recife (PE).
O
livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita
Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio
espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais espanto
entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e
teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para
a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões.
Marcelo
Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1966 a 1975 e tem 30
livros publicados. Ao prefaciar o livro Novas Utopias , do espírito Dom
Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade
de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica
viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao
negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e
desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimátur
do Vaticano.
É
importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram
divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade
Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o
que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem qualquer
constrangimento.
No
prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio
Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana
Gonçalves Leão, ambos ligados à Igreja Católica. Conforme eles mesmos
disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos
espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a
codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população
dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade
espiritual, porque tempos são chegados, estes ensinamentos pertencem à
natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.
A
verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que
professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento
da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a
vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.
Na
entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito
comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:
Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?
Não
poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de
voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico,
continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à
Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os
ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos
de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da
humanidade.
Do
outro lado da vida o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar
seu trabalho e exprimir seu pensamento, ou ainda encontra muitas
barreiras com o preconceito religioso?
Encontramos
muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que
existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem
na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os
pensamentos continuam firmados, cristalizados em crenças em
determinados pontos que não levam a nada. Resistem a ideia de evolução
dos conceitos. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a
vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas
podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim
influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.
Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?
Do
mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam
fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que
subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria
muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que
pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando
colaborar para o melhoramento da humanidade.
Como é sua rotina de trabalho?
A
minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma.. Levanto-me, porque
aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para
as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são
organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma
colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades
que faço com muito prazer.
Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?
Eu
já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não
deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles
aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a
trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso
Senhor Jesus Cristo.
O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos Centros Espíritas?
Não.
Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as
casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente.
Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com
amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente
não é na casa espírita.
O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?
Nunca
fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto
um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é
que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age
conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande
objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for
preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.
Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?
Mudar,
ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da
vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova
visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.
Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?
Minha
tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito
interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao
médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito
grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É
esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que
estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a
criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas
melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam
problemas semelhantes.
Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?
Não.
Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam
isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei
isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos
que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente,
relatarem suas impressões da vida espiritual. Por que Dom Helder é quem
está escrevendo?
Porque
eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra
que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam
dentro de um caixão e nos dizem. Eu já pensava que continuaria a
existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas
vezes.
Então,
senti a necessidade de me expressar por um médium quando estivesse em
condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou
fazendo.
Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso País?
Sim.
E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para
poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro
preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e
resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados
numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a
proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam
ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles
algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.
Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?
Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho.
No
princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de
seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar, foi muito fácil, até
porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última
vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que
fizeram o livro.
O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?
Não
tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia,
inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é
demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa
Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais
sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.
É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?
Eu
não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si
só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o
plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos
espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de
constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que
cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.
Igreja - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?
Não
exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram
responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral
muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua
hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que
na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais
transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade
aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida
terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.
Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?
Muito
controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o
pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade
enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que
estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de
consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades,
não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior
grau.
Eu
posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da
Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora
acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas
quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar
sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento
XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao
destino que ela merece.
O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?
Não
preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero
apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma
visão mais ampliada das coisas.
Determinados
posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de
implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui
percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os
nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática.
Espíritas no futuro?
Não
tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja,
ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto,
mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência
espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e
todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida
espiritual.
Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?
Enumerá-los
seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer
um nome ou outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são
poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um
trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao
próximo.
Amor - Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora, depois da morte?
Que
amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível
trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar
do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia
profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a
grande mola salvadora da humanidade.
Que mensagem o senhor deixaria para nós, espíritas?
Que
amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou
qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita
por nós, não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças
de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada
pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.
Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?
Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor. Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar!
Livro: Novas Utopias
Autor: Dom Helder Câmara (espírito)
Médium: Carlos Pereira
Editora: Dufaux
Site: www.editoradufaux.com.br
O Novo Espiritismo - Reportagem revista Época
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domingo, 9 de setembro de 2012
ESTUDO MENSAL SETEMBRO - FÓRUM ESPÍRITA: EVANGELHO NO LAR
Mas nem sempre, esse porto é tranquilo e sereno. Não é raro encontrar lares tão envenenados quanto o ambiente no mundo externo. Brigas contantes, disputas de espaço, ódio, ciúmes, indiferença, iniquidades de toda espécie, entre os próprios familiares, são sintomas evidentes de um lar desprotegido e desequilibrado. Quando cessam as possibilidades dos Espíritos Bons, ou dos Espíritos amigos, simpáticos e familiares, em manter a tranquilidade do ambiente doméstico, estes se afastam, e o lar fica à mercê dos Espíritos ignorantes, inescrupulosos ou perversos.
E daí, as consequências podem se desdobrar para as mais tristes e desastrosas imagináveis.
Neste estudo, vamos procurar abordar os aspectos desse assunto, desenvolvendo-o passo a passo, dentro de nossas possibilidades, as seguintes questões:
1. A importância e a necessidade da prática constante e disciplinada do evangelho no lar.
2. As possíveis restrições e dificuldades dessa prática. Como proceder com familiares obtusos, indiferentes, incrédulos, ou adeptos de outras doutrinas religiosas?
3. Como realizar a sessão, e quais percalços evitar?
4. Como incentivar e motivar a participação de crianças e adolescentes?
5. Como proceder em situações que dificultam ou impossibilitam a prática constante e regrada?
6. Quais leituras podem ou devem ser realizadas? Que modalidade de preces e vibrações devemos praticar?
7. Pré-sessão e pós-sessão. Como preparar o ambiente adequeadamente, e como manter e fazer bom uso dos benefícios recebidos?
8. Qual a extensão dos benefícios que podemos receber com a prática do evangelho do lar? É útil ou válido o esforço de tentar proteger o lar com a prece, quando outros residentes o mancham com iniquidades ou ações de baixa virtude?
9. Mediunidade. O que devemos saber sobre as sessões no lar onde os médiuns manifestam passividade?
10. Quem pode participar? Somente os espíritas? Como proceder no caso de um ou mais participantes, com opinião filosófica conflitantes com a doutrina, resolverem participar da sessão?
Estas e outras questões que serão lembradas ou sugeridas pelos colegas de estudo, poderão ser desenvolvidas, com o empenho de todos.
Quanto às referências bibliográficas, sintam-se todos à vontade para trazer material relevante, sem nos furtarmos, no entanto, às informações das obras básicas de Allan Kardec.
Será muito relevante também, comentários sobre experiências pessoais, sobre as melhoras percebidas no ambiente doméstico, ou qualquer outro enfoque que nos sirva de instrução.
Que Deus e seus benfeitores nos inspirem nessa tarefa. Que esse estudo renove nossas ideias, e nos instrua para o bem.
Ação Carrefour - 16/09/2012 (Domingo)
HORÁRIO: Das 8:00 às 17:00
Teremos uma nova ação Ação Social de arrecadação de alimentos no
Carrefour com a participação da COAL. Por isso, estamos pedindo
voluntários que possam nos auxiliar neste trabalho.
Como alguns já sabem, durante o dia da ação, os voluntários fazem um
revezamento no Carrefour, a ideia é que cada um possa ficar ao menos 2
hs explicando o intuito da ação e pedindo o apoio dos clientes do
Carrefour na doação de alimentos, que serão encaminhados para famílias
necessitadas da região onde a nossa casa COAL atua.
Quem puder nos auxiliar e tomar parte na ação, por favor, entre em
contato com a casa para que possa agendar o horário para participar da
ação.
Pedimos também, que ao se comprometerem, por favor, nos avisem antes se
houver algum problema para que não sobrecarreguemos outros colegas que
estarão participando da ação por falta de pessoa para render os mesmos
no trabalho.
Agradecemos de coração aos amigos desta casa pela ajuda. E mesmo aos que
não puderem estar presentes ajudando nesta data que divulguem a ação e
enviem boas vibrações aos trabalhadores de última hora que estarão lá,
possibilitando mais uma vez a arrecadação de alimentos para que possamos
continuar ajudando as famélias necessitadas.
Qualquer dúvida, por favor, entrem em contato com a nossa casa, com a Mara que está organizando a ação ou por email: coalsjc@gmail.com.
sábado, 8 de setembro de 2012
COMEMORANDO 1000 AMIGOS NO FACEBOOK!!
Obrigado amigos... A presença de vocês no nosso face é muito importante para nós!
Esperamos estar sempre contribuindo com mais divulgações de belas mensagens e informações interessantes que contribuam para o conhecimento do Espiritismo.
E os amigos continuam crescendo...
Esperamos estar sempre contribuindo com mais divulgações de belas mensagens e informações interessantes que contribuam para o conhecimento do Espiritismo.
E os amigos continuam crescendo...
Se
você ainda não faz parte dos nossos amigos no Facebook, ficaremos
muito felizes em tê-lo compartilhando conosco muito coisa bonita e
interessante... Basta clicar no link do Facebook no menu ao lado...
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Fotos - Festa Agostina 2012
A Festa Agostina 2012 foi um sucesso...
Fotos da 4a Festa Agostina - Edição 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
O que é ser Espírita?
SER ESPÍRITA
por Wagner Ferreira Júnior
O que é ser Espírita?
Raras vezes essa questão é colocada, embora o qualitativo de espírita seja amplamente usado. Neste trabalho pretendemos mostrar como Allan Kardec abordou a questão, em diversas de suas obras.
É interessante observar que no Livro dos Espíritos o termo espírita ainda não aparece como substantivo ou adjetivo aplicado a pessoas. Todavia, na segunda edição – que é de 1860, tendo-se tornado o texto definitivo que usamos até hoje – Kardec considerou a questão que nos ocupa, embora numa formulação diferente. Ele o fez no item 7 da conclusão (na primeira edição não havia conclusão, mas apenas um curto epílogo).
Espaço Cultural Espírita
Espaço Cultural Espírita
24 de agosto a 02 de setembro ao lado da Feira do Livro Espírita
Horário: das 8h00 às 23h00 Local: Largo São Benedito – ao lado da Praça Afonso Pena
http://www.use-sjc.org.br/
Venha conhecer o Espaço Cultural Espírita, teremos Palestras, Filmes, Música e Teatro
em todo o período da Feira do Livro Espírita, confira a programação:
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sábado, 18 de agosto de 2012
4a. Festa Agostina da COAL - 2012
NÃO ESQUEÇAM... É HOJE!!!
DATA: 18/08/2012 - Sábado
DATA: 18/08/2012 - Sábado
HORÁRIO: Das 16:00 às 22:00
VENHA CONFERIR E SE DIVERTIR!
Não deixe de comparecer... Vai ter muita coisa gostosa pra comer e ainda uma quadrilha muito festeira!!
O grupo de idosos da casa está ensaiando bastante pra mostrar toda a sua ginga na quadrilha...
VENHA CONFERIR E SE DIVERTIR!
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sábado, 11 de agosto de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
Ação Carrefour - DIA 22/07/2012
DATA: 22/07/2012
HORÁRIO: Das 8:00 às 20:00
Teremos uma nova ação Ação Social de arrecadação de alimentos no
Carrefour com a participação da COAL. Por isso, estamos pedindo
voluntários que possam nos auxiliar neste trabalho.
Como alguns já sabem, durante o dia da ação, os voluntários fazem um
revezamento no Carrefour, a ideia é que cada um possa ficar ao menos 2
hs explicando o intuito da ação e pedindo o apoio dos clientes do
Carrefour na doação de alimentos, que serão encaminhados para famílias
necessitadas da região onde a nossa casa COAL atua.
Quem puder nos auxiliar e tomar parte na ação, por favor, entre em
contato com a casa para que possa agendar o horário para participar da
ação.
Pedimos também, que ao se comprometerem, por favor, nos avisem antes se
houver algum problema para que não sobrecarreguemos outros colegas que
estarão participando da ação por falta de pessoa para render os mesmos
no trabalho.
Agradecemos de coração aos amigos desta casa pela ajuda. E mesmo aos que
não puderem estar presentes ajudando nesta data que divulguem a ação e
enviem boas vibrações aos trabalhadores de última hora que estarão lá,
possibilitando mais uma vez a arrecadação de alimentos para que possamos
continuar ajudando as famélias necessitadas.
Qualquer dúvida, por favor, entrem em contato com a nossa casa, com a Mara que está organizando a ação ou por email: coalsjc@gmail.com.
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